Público-Alvo: a partir de 09 anos.
Número de participantes: Todos alunos da sala.
Descrição da atividade (passo a passo):
Passo 1: forre o chão com os jornais;
Passo 2: coloque as cartolinas em cima dos jornais, em seguida cole todas as cartolinas formando um grande quadrado;
Passo 3: comece a desenhar o mapa do Brasil na cartolina;
Passo 4: após o desenho feito na cartolina, recorte do jeito que as partes recortadas possam se ligar na hora de montar o quebra cabeça;
Após a leitura da história dos quilombos e a confecção do mapa, iniciar a montagem do quebra cabeça da seguinte forma:
Passo 1: Peça para que os estudantes se dividam em grupos;
Passo 2: cada grupo fica com uma parte do quebra cabeça;
Passo 3: solicite que montem o mapa;
Passo 4: peça para sinalizarem as áreas dos quilombos no mapa.
Tempo previsto para realização da atividade: 2 aulas de 50 min.
Materiais utilizados:
- 6 cartolinas brancas;
- Lápis de cor colorido (quantidade necessária para todas os alunos);
- Tesoura;
- Mapa impresso em uma folha sulfite como exemplo (Anexo 1);
- Cola;
- Jornais para forrar o chão;
- Folhas sulfites.
Base Nacional Comum Curricular - Competência Geral da Educação Básica
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural (BRASIL, 2017, p. 10).
Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo (BRASIL, 2017, p.402).
Área de Conhecimento Competência Específica de Área: Ciências Humanas.
Justificativa:
Traçar um perfil do papel das culturas africanas e do negro brasileiro na formação do Brasil ainda continua merecendo e necessitando de investigação e conhecimento. Nesse sentido, estabelecer e reconhecer novas perspectivas educacionais para uma compreensão do tráfico, da escravidão e da diáspora africana como elementos formadores da configuração do mundo contemporâneo constituem pressupostos básicos para traçar um contexto mais adequado do papel das culturas negras na formação do território e do povo brasileiro.
Não podemos perder de vista que entre os principais entraves ao desempenho do negro na nossa sociedade se destaca a inferiorização deste na escola, e a raiz dessa desigualdade estaria localizada na pré-escola. Primeiro, são os livros didáticos que ainda ignoram o negro brasileiro e o povo-africano como agentes ativos da formação geográfica e histórica do Brasil.
Em seguida, a escola tem funcionado como uma espécie de segregadora informal. A ideologia subjacente a essa prática de ocultação e distorção das comunidades afrodescendentes e seus valores têm como objetivo não oferecer modelos relevantes que ajudem a construir uma autoimagem positiva, nem dar referência a sua verdadeira territorialidade e sua história aqui, sobretudo, na África (ANJOS, 2005).
O reconhecimento legal dos quilombos no Brasil representa um marco histórico na visibilidade das diferenças étnicas e culturais da sociedade. O mito da democracia racial escondeu as dores da escravidão causando lesões nas identidades afrodescendentes. Analisando a luta pelo reconhecimento, percebe-se a necessidade de ampliação dos direitos, como é o da educação quilombola. Os desafios são grandes, sendo necessário modificar a cultura escolar, que exclui a diversidade. Na representação quilombola, não é o passado que retorna. É o presente que faz aflorar a história e a ancestralidade dentro das experiências que levam à organização social. Propostas educacionais que partam da etnicidade e da cultura podem abarcar o contexto e o texto territorial. Os quilombolas trazem o território que fala, por meio da história oral, possibilitando uma escuta desses significados (CARRIL, 2017).
Referências:
ANJOS, Rafael Sanzio dos. Coleção África-Brasil: cartografia para o ensino-aprendizagem. 2. ed. Brasília: Mapas Editora & Consultoria, 2005. v. 1. 8 mapas temáticos com escalas variadas. Disponível em: http://repositorio.unb.br/handle/10482/30506 Acesso em: 23 de fev. 2024.
BRASIL, MEC. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em: https://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 15 set. 2025.
CARRIL, Lourdes de Fátima Bezerra. Os desafios da educação quilombola no Brasil: o território como contexto e texto. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v.22, n.69, p. 539-564, Jul. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782017000200539&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 de jul da 2024.
História dos quilombos. Disponível em: https://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p2.php . Acesso em: 23 de fev. 2024.